Quando tomei conhecimento da frase atribuída ao filósofo grego Sócrates, imediatamente me identifiquei com ela. E veja que isto já faz um bom tempo, aliás foi no meu temo de ginásio.
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SÓ SEI QUE NADA SEI |
O reconhecimento da própria ignorância, por um dos maiores pensadores da história da humanidade, dono de um cabedal de conhecimento muito superior à maioria de nós, animou minha alma ainda mais a procurar "conhecimento", mesmo tendo a certeza de que cada vez mais seria levado à afirmação de Sócrates.
O mistério da vida é cada dia mais presente. Tudo não passa de especulação: de onde viemos, para onde vamos, o que seria o bem, ou então, existe o mal?
Só sei que nada sei!
Ainda, nos deparando com as notícias do mundo, que por sua globalização nos revela acontecimentos tão díspares, onde a moral e os costumes permitem comportamentos humanos aceitáveis ali, que seriam reprováveis acolá e hediondos em outros tantos lugares, mas também encontraríamos lugares onde seriam aplaudidos. E veja que me refiro a um mesmo comportamento.
Só sei que nada sei!
Tragédias ocasionais, outras propositais, outras naturais... e na maioria das vezes envolvendo pessoas boas. Porque coisas ruins acontecem à pessoas boas? Onde estará o reconhecimento do mérito? Porque coisas ruins não acontecem só aos malvados? Seríamos, no fundo no fundo, todos ruins?
Quem saberá dizer? Bom, depois que Deus permitiu a crucificação de seu próprio Filho, o que não seria permitido à nossa humanidade errante?
Só sei que nada sei!

Rabino Herold Kushner
